25.5.09

4 da manha...

...e acho que deixei de existir.
Pode ser que não, mas não me encontro aqui.
Já procurei por mim no fundo do colchão, aos pés da cama e não sei de mim em lugar nenhum.
Por algum motivo mal entendido sucumbi ao escuro da noite e não voltei ao raiar das primeiras frestas da manhã.
Algo acordou no meu lugar e se deu ao trabalho de levantar, para sair da cama fazer o que meu por direito iria ser.
Algo se levantou.
Não fui eu porque ainda não sei onde estou.
Sem a mim me ver, vi tudo acontecer, perdido, algures entre o ontem e o agora.
Acho que deixei de existir e ainda estou lá.
Não é o mesmo eu de ontem que todos viram hoje, assim como o mesmo de ontem TU não verás amanha. Algo parou as 4 da manha.
O que foi? Terá chegado a minha vez outra vez?
Foi o relógio...talvez...
... Não! Ele continua a trabalhar. os ponteiros a rodar, mas... qualquer coisa está a faltar...
Oiço o "tic" mas falta o "tac"...
Foi isso então!
A minha existência por metade que às 4 da manha se desmaterializou.
Qual das duas partes identicamente diferentes ficou por materializar?
Em que universo paralelo ficou esta noite por encontrar?
E mais importante... Quem a vai achar?

Espero que sejas tu.

24.5.09

??? questão (de)mente ???

Como queres que Adivinhe o que não sei?
Como te dizer as palavras que nunca te direi?
Como vOu estaR lá quando tu queres? Se queres?
Como vais falar se não consegues? E o que iras Dizer Ao conseguir?
É por aí que queres ir?
Onde estas quando preciso de ti?
A Palavra que queria ouvir e não ouvi?
Onde estava a tua mente? Estarias consciente?
O “amo-te”... esta noite onde ficou?
Por onde fugiu enquanto cá andou?
Ainda andará?
Será? Ou o tempo o dirá?
A quem dás o que eu quero? Onde está escrito o fim?
Será caminho adverso ou não será ainda assim?
Quero dizer mais. Será que dá?
Deverei dizer mais para ti? Vens para o meu aqui?
Não estás!
E não sei se queres estar ou lutar pelo desconhecido.
Eu tenho medo do desconhecido.
Mas eu quero ver onde me leva este desconhecido. Por minha vontade tornar-se-à brilhante.
Não entendes que é isto que faz brilhar os dias que nascem escuros?
Pelo menos os meus…
Não sabes? ou não queres saber?
Eu não te quero mudar...
Só te quero amar...
Não queres?

23.5.09

Fim da 1ª fase

Não sei se salte de alegria ou simplesmente me mantenha letárgico como estou.
Agora ainda falta o “resto”!!
Nada pára aqui. Os trabalhos continuam, as frequências vão voltar, o ritmo mantém-se embora mais espaçado.
Das duvidas que tinha antes, tenho agora a certeza de mais duvidas ou incertezas, de saber que não sei o que vou fazer, ou não, depois!
As ideias…Muitas
O tempo…Suficiente
O guito…pouco (ou nenhum)
A vontade…bem, essa pelas razões acima…Pouca!!!!
Mas não sei porque me queixo, pois de uma forma geral o semestre ate correu relativamente bem, calmamente, sempre a realizar trabalhos em cima do deadline (não sei se por estupidez ou falta de vontade).
Por exemplo, fui praticamente “obrigado” a fazer este:


Apos ver o que saiu de umas horas de trabalho (ou não), a conclusão é simples:
Sou melhor que isto
Sei fazer bem melhor que isto
Quero fazer muito melhor que isto…
Porque raio não fiz logo???!
A outra cadeira, fazer um dvd…bem, esse nem se fala !!!
Com 4 meses para fazer a porra do trabalho, acabei por trabalhar em cima do joelho (e não fui só eu), e depois, CLARO… problemas, erros, “atrufianços” de software…
Resumindo, o que de mal não devia de acontecer, aconteceu!
(e depois há pessoas que e dizem pra pensar positivo e deixar de me reger pelas leis de Murphy)
Não interessa agora…ta feito, entregue e provavelmente por esta altura…Avaliado!
Desde que venha acima de 11 a minha resposta é simples:
CAGUEI!!!

A bênção das pastas

É hoje.
Está a ser neste momento.
Eu estou aqui a celebrar também.
Não me vês? Aqui? Ao saltos?
Já mandei um caderno e fitinhas de papel ao ar duas vezes!
Esqueci-me de comprar os apitos e confetis para espalhar aqui em casa.
Talvez ainda vá ver os “outros” lá…ou não.
Tenho agora a definição do meu estado de espírito mais aproximado ao “espírito académico:
“Garras, garras, acabou pah, já terminou…bora curtir!!!”
Eu – Terminou?...humm…
Ok, isto merece ser celebrado:
“olhe, por favor, traga-me mais um café!!!”

Terminou este martírio de 3 anos.

Para o fim de tudo isto ficou, nos últimos dois dias de aulas,( aqueles que nos queremos NÃO ter aulas para estar com os colegas e beber uma bejecas, celebrar o que passamos a estudar) uma frequência de marketing e outra de Psicologia da comunicação.
Ora que Porra!!!
O pior aqui nem é fazer as frequências. O que custa é esperar pela avaliação que, sendo na última semana, vai fazer com que, ora dê pulinhos de contente, ou por outro lado, seja obrigado a estudar mais umas semanas para fazer exames.
A semana foi passada um bocado em stress…
Será que deu? Ou não deu? Dá para safar? So com um 11 eu já me estou nas tintas!!
Sexta feira, secretaria da universidade:
Garras - Dª C, boa tarde como está? Podia dizer-me se já estão aí as avaliações finais de Marketing e de psicologia do 3º ano?
Dª C – (após momentos de pesquisa) Marketing estão aqui… agora, de psicologia ainda não chegou.
Olho para o papelinho branco e respiro fundo enquanto procuro o meu nome na lista…ora…Garras…Garras… (ta no C, a seguir ao A), ponho o dedo em cima e arrasto-o para a direita ate chegar ao valor…13…na coluna a seguir…Aprovado
Esta já está.
Uma hora depois toca o telefone, um colega diz-me que já la estavam as de Psicologia…e eu ia a exame.
MERDA!!!
- Olha, ve lá se o Mokas também vai?
- não vi.
Passo a palavra ao Cris, fica desconfiado, levanta-se e telefona para a secretaria.
(3 minutos mais tarde)
… Olha, garras, tiveste 11, eu tive 13 e o mokas teve 13.
Porra, que incongruência de informação!!
Intervalo da aula.
Não vou comer e sigo ate à secretaria, vejo as notas outra vez… O Cris tinha razão.
Não vou a exame nenhum.
Pego no telefone:
Garras - Tia, olha, já está!!! Limpinho e sem exames…agora so falta o Mestrado.
Tia – FIXE PUTO! Agora é que vai ser, estou tão contente. Parabéns Puto!!
(mais dois dedos de conversa, desligo)
Pego no telefone novamente:
Garras – Entao miúda, que se passou contigo, não disseste nada o dia todo, já estava preocupado.
M – Oh, saí e fui logo a correr para o jogo, não tive tempo. Não queria que atendesse o telefone a meio do jogo né?
Garras – (…) Olha, já fui ver as notas e não vou a exame nenhum. Já acabou, agora só falta o mestrado.
M – Tao, isso é bom. Olha, ganhamos o jogo. 5 – 0
Garras – Boa, vou dar-te os parabéns com o mesmo entusiasmo que me deste a mim quando te disse que acabei a licenciatura “tão, isso é bom”!!
(Se eu as vezes simplesmente dissesse tido o que me apetece.)

22.5.09

day by day...

Cheguei e não me sentei no banco amarelo de 4 pés altos.
Vinha apressado para não variar muito a regra.
Como todos os dias, sempre a correr na primeira hora do meu dia.
O acordar com um despertador histérico que me faz lembrar uma “bicha” maluca a esbracejar e contorcer-se tendo a voz estridente do lucotor a ajudar a esta imagem mental.
No entanto parece-me que a bicha aqui sou eu. Sou eu que me contorço todo, estico as pernas, esbracejo, volto a virar-me para o outro lado tal qual criança que não quer sair da cama para ir para a escola.
Neste processo tento militarmente colocar os músculos em funcionamento. Comunico com todo eles e recebo luz verde de …alguns. Falta um.
Não faz mal.
Embora um elemento principal, mas não faz mal. Relaxo.
Para onde vou não preciso de cérebro…deixo-o dormir mais um pouco, mais umas horas, contrariando o final do dia que virá, onde sinto um cérebro presente num corpo ausente.
Penso que será melhor acorda-lo…lentamente administro combustível físico entre duas fatias de pão seguindo de uma dose reforçada de cafeína que posteriormente observo que de nada serviu.
O órgão em causa mantém-se no seu estado de coma temporário enquanto todos os outros já acordados entram em fase de auto-gestão acelerada.
O entretanto é passado em tons entre preto e cinza, desfocado…
(to be continued)…..ou não!