Ja foi...Agora só daqui a um ano!

E então?
Seja na sombra da directa de um cérebro agora já pouco certo, de noites passadas pelas quais meu corpo reclama por um pouco mais. Minha mente cansada que já em “auto-gestão”, ali não sabe que horas são quando é maquiavélicamente massacrada pelo “tic-tac” de um relógio colorido… incansável.
Absorto numa multidão não sinto os toques, não sinto os empurrões que me são infligidos, não vejo os movimentos desconcertados de corpos molhados de gente que, como eu, ali estava a espera de mais…sempre mais!
Por uma semana não existi, ou por outro lado, vivi.
Vivi os ritmos, os sons, toques que me massajavam a mente e o corpo.
Vivi os aromas e sabores de um mundo inteiro que se uniu num espaço tão pequeno…mas que ao fim da noite já parecia grande demais e não parava de se mexer… mas era curto.
Tudo foi curto, demasiado curto e tenho agora sede de mais.
Quero mais, muito mais!
Mas mais não seria já demais?
Talvez não agora ou agora não!
Agora em mim tudo é um pouco maior.
Hoje espreguiço-me e toco o tecto com uma mão, acho que estou maior e tenho um sorriso rasgado a toda hora…ou será apenas o tecto da casa baixo demais para mim agora assim?
Será agora o momento de parar? Não!
Parar não!
Fiquemos simplesmente pelo abrandar…Não parar mas antes deixar abrandar os ritmos e agora sentir naturalmente tudo fluir.
Só agora…porque já não estou absorto na sombra de uma directa de um cérebro já pouco certo.
E então?