28.12.13

Então obrigadinho, sim?

Obrigado ao meu país por tudo aquilo que perdi nos ultimos meses.

Aos governantes do nosso desajustado estado so posso desejar nada menos do que aquilo que eu tive este ano.

Por causa de um grupo de seres que não querem por nada reduzir a sua qualidade de vida, de todo melhor do que a de qualquer reles cidadão português, vi-me pela primeira ves na vida obrigado a passar o Natal,  o meu aniversário e a passagem do ano longe da minha familia.

Ao governo português, obrigado por me afastares da minha familia...ainda mais.

Sempre disse que nao iria deixar o meu país, que seria um resistentes a manter as raizes... mas o meu governo nao deixou.
Deixei de trabalhar 8h diarias para passar para horarios mais longos de forma a conseguir suportar os gastos BÁSICOS de vida... mas nem assim ficaram contentes.
Cortaram com as coisas basicas que tínhamos direito e aumentaram impostos pra manter os vossos bolsos cheios... à custa dos nossos ja bastante vazios.

Obrigado por me forçar a fugir.
Tanto cortaram nas minhas coisas que ficaram sem nada.

Durante 30 anos vivi no pais que me educou e formou, onde tive de investir muito dinheiro, tempo e neurônios ate ao término de um mestrado que actualmente nao me serve para rigorosamente NADA.
Obrigado por me obrigarem a comecar a minha vida, totalmente do principio, ao fim de 30 anos.

As coisas todas que tinha, a forma como as mantia e tudo o que fazia com elas acabou de um dia pra outro graças a vocês.

Obrigado por me teres afastado do meu melhor amigo com quem amiude saía para uns cafés e umas bebidas e vos metia dinheiro no bolso...agora outros ganham esse dinheiro.

E assim fugi do meu país, não em busca de viver um conto de fadas, mas na tentativa de conseguir sobreviver com menos dificuldade...
Onde faço trabalhos que seriam de todo impensaveis no meu país, nao por causa do trabalho em sim mas antes pelo valor pago por esse mesmo trabalho.

Aqui fico até o meu país decidir acordar para a realidade simples que todos vemos... quando ja não houver ninguém em Portugal para lhes encher os bolsos, quando ja não existirem empresas a descontar pra eles e quando eles proprios comecarem a ver que fizeram merda... talvez nessa altura se lembrem de reduzir impostos em vez de aumentar, apertarem o cinto deles para que o povo possa alargar e viver... nessa altura...TALVEZ eu volte ao meu país.

Obrigado ao meu país... por NADA.

1 comment:

Anonymous said...
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